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José Robson de Souza Silva

José Robson de Souza Silva (in memoriam), Filho de Ivo José da Silva e Lúcia Maria, nasceu em Brasília em 19 de março de 1964, era o mais velho de uma família de três irmãos, Delaine e Daniela Silva.
Começou nas pistas de atletismo ainda criança no final da década de 70, nas aulas de educação física do professor Antônio Carlos Feijão, no Colégio Planalto, que rapidamente o integrou à equipe de atletismo da antiga NUTEDE, hoje Centro Interescolar de Educação Física - CIEF.
A figura esguia que ao mesmo tempo era desengonçada era elegante, chamava atenção pela personalidade alegre e carismática. No CIEF recebeu do prof. Mingo o apelido que virou sobrenome, Graia.
Destacando-se nas provas com barreiras sob os treinamentos com os Professores Feijão e Téia, especializou-se nos 400m com barreiras, prova que o levou a conquista de inúmeras vitorias nas competições do Distrito Federal até alcançar em 1983 a segunda colocação no Campeonato Brasileiro de Atletismo Juvenil e a almejada convocação para seleção brasileira que iria participar do XV Campeonato Sul Americano de Atletismo Juvenil em Medellín, na Colômbia, em que foi o quarto colocado. Ele foi terceiro lugar no revezamento 4 x 400m do Campeonato Brasileiro de Atletismo Adultos.
Robson Graia desde cedo dava mostras do sangue artístico que corria em suas veias. Lembro-me do Graia entrando em cada prova entoando o refrão da música de Gilberto Gil: “Subo nesse palco, minha alma cheira a talco como bumbum de bebê. Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver, pode ver”.Tudo era diversão com ele, inclusive correr.
Por amor ao teatro larga o atletismo ingressa na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, adota definitivamente o apelido e passa a assinar o nome que marca a história teatral da capital federal nos anos 90; Robson Graia.
Ator, diretor e dramaturgo, realiza o sonho de ter uma companhia de teatro e correr o mundo com suas histórias.
A inteligência ímpar que o permitia responder com improviso às situações cotidianas e o humor sarcástico que o caracterizava nas conversas à beira das pistas, conquistou plateias. Criou o Grupo Palco e Cia. de Teatro. A disciplina, o compromisso e a preparação corporal intensa foram a herança dos treinamentos e que incorporara ao seu trabalho de preparação com os atores. Robson Graia nos deixou em maio do ano 2000, prematuramente, faleceu aos 36 anos de idade. Robson idealizou a Palco e Cia. de Teatro, hoje PALCO – Comparsaria Primeira de Talentos, a editora Ilê de Ler e o jornal O Máximo, todos voltados a arte, com foco principal nas artes cênicas. Escreveu e dirigiu mais de 20 peças teatrais, ministrou oficinas e aulas de teatro.
O antigo Teatro de Bolso do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, foi rebatizado em homenagem ao artista e atleta e, desde sua reforma, passou a se chamar Teatro de Bolso Robson Graia, teatro que ele costumava lotar na década de 90 com a novidade cultural, denominada de Jogo de Cena.
Nossos encontros vinham sempre acompanhados da célebre frase: “Conte-me tudo, não me esconda nada”!
Texto: Atleta olímpico Joilto Bomfim e Prof. Francisco Xavier.

Depoimentos sobre o Robson Graia:
Marcos Alves Borba: “Nosso querido e Amigo Robson Graia. Um talento nato. Corria muito fácil. Pensa numa figuraça, sem nenhuma dúvida, sua enorme alegria e bom humor contagiada todo mundo. Que saudades desse meu querido Amigo. Uma lembrança imparável. Quem o conheceu e conviveu com ele, jamais irá esquecer de seus talentos, tanto na arte, no esporte e principalmente na vida. Como esquecer dessa grande pessoa, de um coração enorme. Meu Deus que saudades desse Cara... mas grato por ter conhecido num época fantástica de nossa vida. ”
Maria Tereza Tofoli (Teia): “Que Deus esteja contigo meu filho Graia….menino do sorriso largo que transbordava de alegria......”
Jucilene Garcez: “Foi um grande amigo e companheiro de pista, que tornava os momentos de treinamentos mais alegres.”
