No dia 21 de dezembro, celebra-se o Dia do Atleta, uma data que vai além da homenagem ao rendimento esportivo e reconhece uma trajetória marcada por disciplina, superação e dedicação. No atletismo, uma das modalidades mais antigas da história, essa jornada acompanha a própria evolução das competições esportivas e do esporte moderno.
Considerado a base do esporte olímpico, o atletismo tem origem nas civilizações antigas, especialmente na Grécia Antiga, onde as provas de corrida, saltos e lançamentos integravam os primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a.C. Ao longo dos séculos, as competições se organizaram, ganharam regras padronizadas e se consolidaram como o centro dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, inaugurados em 1896, em Atenas.
No Brasil, o atletismo começou a se estruturar no início do século XX, acompanhando a expansão do esporte no país. Clubes, federações e competições regionais deram os primeiros passos para a formação de atletas que, com o passar do tempo, elevaram o Brasil ao cenário internacional. A profissionalização, o avanço da ciência do esporte, o acesso a métodos modernos de treinamento e a valorização das categorias de base foram fundamentais para a evolução do desempenho dos atletas brasileiros.
Essa trajetória é marcada por nomes que se tornaram símbolos do esporte nacional. Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo em 1952 e 1956, foi um dos pioneiros ao colocar o Brasil no topo do pódio olímpico, além de quebrar recordes mundiais e abrir caminhos para gerações futuras. Nas décadas seguintes, João do Pulo encantou o mundo com seu talento no salto triplo, consolidando-se como um dos maiores atletas da história da modalidade, mesmo diante das adversidades que marcaram sua carreira.
Nas provas de fundo, o Brasil também construiu lendas. Joaquim Cruz, brasiliense ouro olímpico nos 800 metros em Los Angeles 1984, protagonizou uma das maiores performances da história do atletismo mundial. Já nas provas de longa distância, Vanderlei Cordeiro de Lima tornou-se um ícone de espírito esportivo ao conquistar o bronze na maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, recebendo posteriormente a Medalha Pierre de Coubertin por sua atitude exemplar.
Mais recentemente, o atletismo brasileiro segue escrevendo novos capítulos com atletas que mantêm viva a tradição olímpica, alcançando finais, pódios e vitórias expressivas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. A presença cada vez mais forte do Brasil nas pistas reflete não apenas o talento individual, mas também a consolidação de um trabalho coletivo envolvendo treinadores, equipes multidisciplinares e projetos de formação esportiva.
O Dia do Atleta, portanto, é uma oportunidade de celebrar não apenas os grandes campeões, mas todos aqueles que constroem o esporte diariamente — dos jovens em iniciação aos atletas de alto rendimento. No atletismo, cada largada carrega a história de quem veio antes e a esperança de quem ainda sonha cruzar a linha de chegada, reafirmando o esporte como ferramenta de transformação, identidade e inspiração para o país.
A Federação de Atletismo do Distrito Federal celebra os verdadeiros artistas do atletismo: os atletas, que levam o atletismo ao mundo e provam, a cada prova, que limites existem apenas para serem superados!





